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Writer's pictureRicky Duraes

PSD contesta contagem de votos dos emigrantes, PS diz que decisão foi de todos

Os votos dos eleitores residentes no estrangeiro nas legislativas de 30 de janeiro começaram a ser contados esta terça-feira em Lisboa, mas a polémica já esta instalada por estarem a ser contados todos os boletins de voto recebidos, incluindo os que não estão acompanhados de cópia do cartão de cidadão.


Foto: Visao SAPO

O PSD contestou esta terça-feira junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) a validação de votos de emigrantes sem estarem acompanhados de cópia do cartão de cidadão, mas o PS argumenta que a decisão foi de todos os partidos.


Os votos dos eleitores residentes no estrangeiro nas legislativas de 30 de janeiro começaram a ser contados hoje em Lisboa, num processo que termina na quarta-feira, prazo para a receção dos votos das comunidades.


Em declarações à Lusa por telefone, o deputado do PSD António Maló de Abreu disse que o partido apresentou logo de manhã um protesto/reclamação junto das mesas, e mais tarde junto da CNE, por estarem a ser contados todos os boletins de voto recebidos, incluindo os que não estão acompanhados de cópia do cartão de cidadão.


Segundo o deputado, a lei exige que, para identificação do remetente, seja colocado dentro do envelope enviado por cada eleitor uma fotocópia do seu CC.


O deputado socialista Paulo Pisco, por seu lado, acusou o PSD de “oferecer um espetáculo degradante” ao tentar invalidar os votos sem cópia do CC quando todos os partidos, incluindo o próprio PSD, decidiram, em reunião com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), que seriam validados todos os votos, mesmo que viessem sem cópia do CC.


Maló de Abreu confirmou que, numa primeira reunião com os representantes dos partidos e da SGMAI, o PSD aceitou a opção de validar os boletins que não viessem acompanhados de cópia do CC.


No entanto, após consultar o gabinete jurídico do partido, o PSD concluiu que esta opção era ilegal e, na segunda e última reunião, na passada sexta-feira, informou os restantes partidos e a SGMAI da sua posição. “A nossa posição é: cumpra-se a lei”, disse o deputado.

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